TOMAS UM MATE? Porque o Gaúcho Gosta de Chimarrão
Homenagem do ArquivoAbrir à Semana Farroupilha.
Homenagem do ArquivoAbrir à Semana Farroupilha.
O mate, ou chimarrão não é uma bebida.
Bueno, sim, pois é um líquido e entra pela boca, porém não é uma bebida.
No Rio Grande do Sul e nos paises cisplatinos, ninguém toma mate porque tem sede. É mais um costume, como coçar-se.
O mate faz exatamente o contrário da televisão: te faz conversar se estás com alguém e te faz pensar quando estás solito.
O mate ou chimarrão é feito com a erva mate, a qual é encontrada principalmente no sul do Brasil e norte da Argentina.
É uma bebida genuinamente nativa, sendo o mais antigo e tradicional dos hábitos gauchescos.
É um legado dos índios Guaranis e esse costume foi fortalecido e expandido pelos espanhois e jesuitas.
Quando chega alguém na tua casa, a primeira frase é “buenas” e a segunda é: vamos matear?
Isto se passa em todas as casas, seja de rico ou de pobre.
Passa entre mulheres e homens sérios ou imaduros, velhos ou jovens.
É a unica bebida compartilhada entre pais e filhos sem discussão e onde ninguém “enche a cara”.
Chimangos ou maragatos, gremistas ou colorados cevam mate sem entreveros. No inverno ou no verão
É a unica coisa em que nos parecemos vítimas e carrascos; bons e maus.
Quando tens um filho, começas a dar mate quando ele te pede. Se o dá morno com algum açúcar, se sentem grandes. E tu sentes um orgulho enorme quando um piazito teu começa a chupar o mate, parece que o coração te sai do corpo.
Depois com os anos, eles elegem se o tomam amargo ou doce, muito quente ou tererê, com casca de laranja ou limão ou ainda com alguma planta medicinal misturada à erva.
Quando conheces alguém e não tens confiança, ao convida-lo para um mate perguntas:
-Doce ou amargo?
E se o outro responde:
-Como tu tomas
É um bom sinal.
Nas casas do Rio Grande do Sul sempre há erva mate.
A erva é a única que há sempre, com inflação, com fome, com militares, com democracia, com “mensalões”, ou com quaisquer de nossas pestes e maldições eternas. E se um dia não houver, um vizinho têm e te dá, pois a erva não se nega a ninguém.
O Rio Grande do Sul é um dos poucos lugares do mundo onde a transformação de uma criança para um homem ocorre num dia em particular.
Esse dia não é o dia em começastes a fumar, ou usar calças, ou quando fizestes circuncisão, ou entrasse para a universidade ou começou a viver longe dos pais.
Começamos a ser grandes no dia que temos a necessidade de tomar, pela primeira vez, um mate solito.
Não é casualidade. No dia que uma criança põe a chaleira no fogo e toma seu primeiro mate sem que haja nada em casa, nesse minuto é que descobre que tem alma.
Ou está morto de medo, ou está morto de amor, ou algo: porém não é um dia qualquer.
Poucos são os que se recordam desse dia, mas em todos há uma revolução por dentro a partir desse dia.
O simples mate é nada mais nada menos que uma demonstração de valores…
É a solidariedade de bancar o mate lavado porque a charla é boa. A charla, não o mate.
É o respeito pelos tempos para falar e escutar, tu falas enquanto o outro toma, até que num momento dizes:
-Basta, troca a erva!.
É o companheirismo nesse momento.
É a sensibilidade da água quase fervendo.
É o carinho para perguntar:
-Está quente, não?.
É a modéstia de quem ceva o melhor mate.
É a generosidade de servir até o final.
É a hospitalidade do convite.
É a justiça de um por um.
É a obrigação de dizer obrigado ao menos uma vez ao dia.
É a atitude ética, franca e leal de encontrar-se sem maiores pretensões, de compartilhar.
Bueno, sim, pois é um líquido e entra pela boca, porém não é uma bebida.
No Rio Grande do Sul e nos paises cisplatinos, ninguém toma mate porque tem sede. É mais um costume, como coçar-se.
O mate faz exatamente o contrário da televisão: te faz conversar se estás com alguém e te faz pensar quando estás solito.
O mate ou chimarrão é feito com a erva mate, a qual é encontrada principalmente no sul do Brasil e norte da Argentina.
É uma bebida genuinamente nativa, sendo o mais antigo e tradicional dos hábitos gauchescos.
É um legado dos índios Guaranis e esse costume foi fortalecido e expandido pelos espanhois e jesuitas.
Quando chega alguém na tua casa, a primeira frase é “buenas” e a segunda é: vamos matear?
Isto se passa em todas as casas, seja de rico ou de pobre.
Passa entre mulheres e homens sérios ou imaduros, velhos ou jovens.
É a unica bebida compartilhada entre pais e filhos sem discussão e onde ninguém “enche a cara”.
Chimangos ou maragatos, gremistas ou colorados cevam mate sem entreveros. No inverno ou no verão
É a unica coisa em que nos parecemos vítimas e carrascos; bons e maus.
Quando tens um filho, começas a dar mate quando ele te pede. Se o dá morno com algum açúcar, se sentem grandes. E tu sentes um orgulho enorme quando um piazito teu começa a chupar o mate, parece que o coração te sai do corpo.
Depois com os anos, eles elegem se o tomam amargo ou doce, muito quente ou tererê, com casca de laranja ou limão ou ainda com alguma planta medicinal misturada à erva.
Quando conheces alguém e não tens confiança, ao convida-lo para um mate perguntas:
-Doce ou amargo?
E se o outro responde:
-Como tu tomas
É um bom sinal.
Nas casas do Rio Grande do Sul sempre há erva mate.
A erva é a única que há sempre, com inflação, com fome, com militares, com democracia, com “mensalões”, ou com quaisquer de nossas pestes e maldições eternas. E se um dia não houver, um vizinho têm e te dá, pois a erva não se nega a ninguém.
O Rio Grande do Sul é um dos poucos lugares do mundo onde a transformação de uma criança para um homem ocorre num dia em particular.
Esse dia não é o dia em começastes a fumar, ou usar calças, ou quando fizestes circuncisão, ou entrasse para a universidade ou começou a viver longe dos pais.
Começamos a ser grandes no dia que temos a necessidade de tomar, pela primeira vez, um mate solito.
Não é casualidade. No dia que uma criança põe a chaleira no fogo e toma seu primeiro mate sem que haja nada em casa, nesse minuto é que descobre que tem alma.
Ou está morto de medo, ou está morto de amor, ou algo: porém não é um dia qualquer.
Poucos são os que se recordam desse dia, mas em todos há uma revolução por dentro a partir desse dia.
O simples mate é nada mais nada menos que uma demonstração de valores…
É a solidariedade de bancar o mate lavado porque a charla é boa. A charla, não o mate.
É o respeito pelos tempos para falar e escutar, tu falas enquanto o outro toma, até que num momento dizes:
-Basta, troca a erva!.
É o companheirismo nesse momento.
É a sensibilidade da água quase fervendo.
É o carinho para perguntar:
-Está quente, não?.
É a modéstia de quem ceva o melhor mate.
É a generosidade de servir até o final.
É a hospitalidade do convite.
É a justiça de um por um.
É a obrigação de dizer obrigado ao menos uma vez ao dia.
É a atitude ética, franca e leal de encontrar-se sem maiores pretensões, de compartilhar.
5 comentários:
Hello, gostei do conteudo.
Sou Brasileira, mas moro nos EUA, e, fui ao Brasil recentemente e aprendi o segredo do chimarrao. Tanto que, comprei uma cuia e bomba, mas esqueci da erva. Mas chegando nos EUA, fui a uma loja brasileira e, felizmente encontrei, comprei...feliz da vida, inaugurei a cuia a moda brasileira...Gostei muito que ja convidei alguns amigos p/ trocarmos palavras e apreciar um chimarrao!
Abracos a todos que curtem um chimarrao! Nicka
Acho esse negócio de ficar mamando chimarrão o dia inteiro uma chatisse. Gaucho toma chimarrão porque não sabe pastar.
Então quer dizer que você não toma chimarrão por que sabe pastar.
Logo vi que eras um cavalo ou então uma vaca.
Chimaruim
Quando crescerdes e virar um adulto, entenderás o que está te faltando.