Em meados dos anos 80 eu era criança e minha preocupação maior era brincar e estudar.Como toda criança, tive meus super-heróis de infância, tais como Batman (aquele que era barrigudo), Robô Gigante, Spectroman, entre outros e era diversão garantida.
Mas uma coisa me chamava muita atenção, uma personagem do Sítio do Pica-Pau Amarelo...
Sim, era a Cuca, aquele jacaré (não o banguela) de cabelos loiros, que metia medo em qualquer criança.
Meu Deus, era mencionar a figura dela que qualquer traquinagem cessava instantaneamente.
Mais do que qualquer "véio do saco", "bicho-papão", "o louco luís", ou qualquer artimanha que os adultos usam para assustar as crianças.
Durante muito tempo, ela fazia parte dos meus piores pesadelos de infância.
Hoje, já pai de família, meus "medos da Cuca" se apresentam de outras maneiras:
- Violência nas ruas
- Violência no trânsito
- Pais que agridem filhos
- Drogas
- Guerras
Não posso comprar um carro mais caro porque podem roubá-lo.
Não posso morar num bairro nobre, porque podem me seqüestrar.
Meus filhos não podem sair sozinhos porque podem maltratá-los.
Puxa vida, onde vamos parar? Será que fiquei tão marcado com a "Cuca do Sítio" que não consigo mais viver em paz hoje em dia?
Essa nova geração que está surgindo não tem uma "Cuca" como eu tive. Meus filhos, que ainda são crianças, já não caem mais no conto do "véio do saco" e do "bicho-papão".
Esses dias meu filho me disse que já sabia que não existia Papai Noel, que éramos nós pais que comprávamos os presentes. Caramba, ele tem só 6 anos!
Tomara que, quando eles forem pais, já não existam mais tantas "Cucas" para assombrá-los.
Tomara que as suas preocupações sejam mais voltadas à família, ao lazer, ao trabalho, apenas a isto.
Tomara...
E você, caro leitor? De que "Cuca" você tem medo hoje em dia?
Só tenho uma coisa a dizer: "Cuidado que a Cuca te pega! Te pega daqui. Te pega de lá!"
1 comentários:
mazah velho Tonho... nós que temos filhos (da nova geração) sabemos que temos que nos preocupar mesmo... afinal quem tem ... tem medo!!! Mas com uma boa estrutura familiar é bem fácil guiar os piás no caminho certo!
Parabéns pela retórica!